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MENINGITE BACTERIANA

O que é uma meningite bacteriana?

     Desconsiderando o crânio, o cérebro possui três principais camadas de proteção denominadas meninges. Elas são a dura-máter, a aracnoide e a pia-máter. Meningite nada mais é que é infecção desses envoltórios cerebrais, principalmente dos dois últimos. E se essa agressão ocorre secundária a bactérias é vista a meningite bacteriana. Tal patologia possui potencial destrutivo muito alto, podendo levar, nos casos mais graves, a morte. As bactérias que mais comumente geram infecções das meninges são a Neisseria meningitidis e o Streptococcus pneumoniae. Geralmente, eles alcançam o cérebro e o líquido que o envolve (líquor) através da colonização da nasofaringe ou via circulação sanguinea.

     É importante destacar que, mesmo sendo uma agressão aos envoltórios cerebrais, as meningites são altamente destrutivas pelo fato de gerarem inchaço e alterações em funções do próprio cérebro.

Observe a imagem 1 onde as meninges e o cérebro estão bem definidos.

Na imagem 2, quando ocorre uma infecção, as meninges ficam com seus limites mais indefinidos e o cérebro passa a sofrer com inchaço e alteração funcional.

Clínica e diagnóstico das meningites bacterianas

     A clínica de uma meningite bacteriana já é algo bem conhecido. O quadro inicia-se com febre, cefaléia intensa, náuseas e/ou vômitos e a conhecida rigidez de nuca, ou pescoço duro. Pode evoluir com diminuição de consciência até coma. Convulsões também podem ocorrer. O diagnóstico é obtido através do exame laboratorial do líquor (LCR) obtido via  da punção lombar. Essa comprova a alteração do LCR bem como o aumento da pressão de saída do líquido do cérebro. Deve-se fazer análise bacteriana do material colhido para tentar isolar o patogêno.

Tratamento das meningites bacterianas

     O tratamento com antibióticos deve ser instaurado o mais breve possível. O medicameto irá depender da provável origem da infecção : comunitária ou hospitalar. Para os germes mais comuns usa-se, de modo geral, penicilina G ou ceftriaxona. Devido ao mau uso de antibióticos nos dias atuais vem sendo verificada resistência á primeira droga. Portanto, é mais comum o uso da segunda. O uso de corticóides para redução de sequelas ainda é controverso. Mas em minha experiência pessoal é bastante válido. Caso queira esclarecer mais tal assunto marque sua consulta ou me contate.

Rafael Oliveira - Médico Neurocirurgião e Cirurgia de Coluna

Porto Alegre - RS

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