Tenho certeza que todos já ouviram falar sobre Esclerose Múltipla (EM). Trata-se de uma doença cerebral grave, sem cura, onde ocorre acúmulo de placas inflamatórias em regiões variadas no Sistema Nervoso Central (SNC). O arsenal farmacológico disponível inclui corticóides, imunossupressores e interferon. Esse último possui boa atividade na redução dos "ataques" inflamatórios da patologia conhecidos por "remissão". Atualmente, vem sendo usada nova droga chamada de fingolimode. Essa atua impedindo a chegada de células inflamatórias ao SNC sendo, desse modo, um anti-inflamatório. E, cientificamente falando, qual a real vantagem desse novo fármaco? Diversos estudos vem sendo feitos e esses são promissores na análise de tal medicamento. Embora ele também não altere a progressão da doença, age fortemente na redução das remissões. Portanto, atua diretamente no período inflamatório da EM, possuindo melhor eficácia quando comparado ao interferon. Não quero, com isso, descartar por completo as antigas possibilidades terapêuticas tão usadas na prática clínica. Apenas destacar que existe alternativa para pacientes que não possuem boa resposta ou apresentam muitos efeitos adversos vinculados ao interferon.
Abaixo destaco tabela de como os órgãos reguladores do Brasil estão classificando tal fármaco. Cabe destacar que ele foi autorizado para uso no SUS pela portaria n24 de 27 de junho de 2014 em casos de esclerose múltipla remitente-recorrente com surtos incapacitantes e falha do uso da betainterferona e glatiramer.
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