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Foto do escritorRafael Oliveira

Existe cirurgia para Mal de Parkinson?



Introdução de eletrodo cerebral profundo

A doença de Parkinson (DP) é uma condição extremamente limitante. Os manejos terapêuticos atuais visam, exclusivamente, o controle sintomático, visto que trata-se de uma injúria progressiva e sem cura. O tratamento inicial é prescrito através de medicamentos, onde o principal representante é a levodopa. Todavia, muitos pacientes desenvolvem desagradáveis efeitos adversos e outros vêem os efeitos clínicos da droga exaurirem-se com o tempo. Tais indivíduos são configurados como refratários à terapia medicamentosa (3). Nesses casos, existe a possibilidade de realizar um procedimento cirúrgico, onde eletrodos são implantados em regiões específicas do encéfalo. Tal cirurgia recebe o nome de estimulação cerebral profunda (DBS, do inglês deep brain stimulation) e seus principais alvos são o núcleo subtalâmico (NS) e o globo pálido interno (GPI). Diversos estudos randomizados já avaliaram os resultados de tal intervenção e a grande maioria concorda que trata-se de uma possibilidade vantajosa, onde os sintomas motores e as atividades diárias dos portadores de DP são beneficiados (1, 2, 3). Contudo, a instabilidade postural e a marcha não desfrutam de considerável melhora (3), assim como o inevitável déficit cognitivo (1). Alguns trabalhos já individualizaram proveitos específicos de estimular-se o núcleo subtalâmico e o globo pálido interno. Entende-se que o primeiro acarretará redução dos fármacos prescritos e o segundo melhora dos sintomas psiquiátricos (2). Em vista da ausência de efetividade na deambulação, muitas vezes limitante, passou-se a intervir sobre o núcleo pedunculopontino. Estudos apresentam resultados animadores (3). No entanto, ainda são delineamentos observacionais, necessitando maior investigação epidemiológica para generalizar essa possibilidade. Dentro da agressividade da Doença de Parkinson bem como a falta de uma terapia definitiva, existem alternativas capazes de agregar na qualidade de vida dos pacientes. Portanto, caso haja dúvida, procure o seu médico.


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