O osteoma osteóide (OO) corresponde a um tipo de lesão osteoblástica (aumento da formação óssea) benigna da coluna. Geralmente, causa dor noturna aliviada pelo uso de anti inflamatório não esteróide. Na radiografia convencional (tomografia e raio x) apresenta área lítica, com limites bem definidos representando o nidus central bem vascularizado, sendo esse circundado por espessamento cortical. Quando o nidus não é bem visualizado nos radiogramas convencionais, ressonância pode ser feita, sendo que ele realça precocemente com gadolíneo. Deve-se atentar para o diagnóstico diferencial com osteoblastoma (OB). Ambas as lesões ósseas são histologicamente indistinguíveis, mas o OB é uma lesão mais destrutiva cercada por uma casca calcificada.
Antigamente, a remoção cirúrgica completa do nidus era o tratamento de escolha. Todavia, ela vem sendo substituída em virtude dos riscos inerentes ao procedimento e pela dificuldade de ressecção completa da lesão (o que aumenta a recidiva) e falta de amostra suficiente para a patologia. A remoção percutânea do nidus guiada por tomografia tem sido bastante defendida encontrando até respaldo em estudos científicos. Um ensaio clinico randomizado com 72 crianças com osteoma osteóide (não necessariamente de coluna) forma divididas em dois grupos. Um foi submetido à cirurgia aberta convencional e outro encaminhado para a ablação percutânea guiada por tomografia. Os resultados demonstraram que a intervenção percutânea foi superior (1). Portanto, fica claro que manejo menos invasivos dessa lesão óssea benigna podem ter bons resultados. Obviamente, se existe clinica incompatível com tratamento conservador.
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