
A Doença de Parkinson é uma mazela progressiva e ainda sem cura. Apesar das terapias existentes, a evolução é regra. Em casos avançados é muito comum ocorrer as flutuações motoras (fenômeno on – off), onde períodos com sintomas mais amenos são intercalados por momentos de alta manifestação sintomatológica, apesar da instituição terapêutica. Algumas drogas têm sido testadas e utilizadas com o intuito de combater essas “crises” sintomáticas. Uma delas é a safinamida. Trata-se de um medicamento que age a nível da monoamina oxidase B (MAO-B) melhorando, com isso, a transmissão dopaminérgica encefálica. Mas o que os estudos têm a dizer sobre essa droga?
Uma revisão sistemática de 2019 diz ter fornecido evidência grau 1 do potencial uso da safinamida nas flutuações motoras (1). Uma outra meta análise de 2021 com 2.792 pacientes concluiu que tal droga é efetiva em flutuações motoras em pacientes que já fazem uso de levodopa. Já as evidências para a instituição de tal terapia em Parkinson recente e em casos de discinesia são limitadas (2). A análise post hoc do “Studies 016” e “SETTLE” concluiu que a safinamida é segura e efetiva como terapia adjuvante à levodopa em pacientes com flutuação motora (3). Portanto, com os estudos atuais pode-se perceber que a safinamida tem indicação em flutuações motoras como terapia adjuvante à levodopa.
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